sexta-feira, 20 de novembro de 2009

REPENSANDO CELEBRAÇÃO_PARTE III



No primeiro texto “Repensando Celebração”, ousamos desafiar aos que trabalham com arte, que foram dotados com essa habilidade pelo próprio Deus a percebê-la como um canal, uma estratégia para adorá-lo de forma criativa e participativa. No segundo texto “Repensando Celebração_parte II”, identificamos algumas características dentre outras, que marcavam os artistas convocados por Deus no livro do Êxodo, características que evidenciavam o compromisso e a motivação que deveriam acompanhar os que adoravam a Deus de forma agradável a Ele.
Nesse novo momento, chamamos a atenção para uma das muitas responsabilidades daqueles que são vistos como a versão contemporânea dos artistas adoradores do Antigo Testamento.
Segundo o texto de 2 Crônicas 17:7-9, durante o reinado de Josafá, uma delegação constituída por oficiais do rei, sacerdotes e levitas, foi designada para uma missão especial: Percorrer toda a nação ensinando tudo sobre a Lei do Senhor. No capítulo 19 do mesmo livro, encontramos um grupo igualmente composto, agora designado para ministrar em Jerusalém como Juízes cheios do temor de Deus.
É importante notar a responsabilidade delegada a um grupo de líderes que muitas vezes são vistos por nós como vocacionados para servirem apenas na execução da música, no serviço braçal da Casa de Oração, canto, regência etc. Os textos acima nos impulsionam a uma dimensão muito maior das responsabilidades dos vocacionados descendentes das habilidades dos levitas. Na verdade, ajudam a entender o processo de criação de um jovem que nascia nas famílias da tribo de Levi.
Lançando mão de outro texto pertinente em Números capítulo 8:1-26, percebemos que era necessário um período de capacitação considerável não apenas para exercitarem as técnicas nos seus instrumentos e funções braçais, mas o suficiente para conhecer, estudar e viver os preceitos da Lei do Senhor, a ponto de poder ensinar esses preceitos com desenvoltura e autoridade.
Queridos, nosso alvo é adorar ao Senhor em Espírito e em verdade, é dedicar nossa vida por inteiro, dons e talentos, mente e coração. É imperativo liderar o povo de Deus com o discernimento de Seu Espírito, oferecer nosso sacrifício de louvor com a certeza que nos preparamos de forma excelente para tal. Precisamos experimentar autoridade que vem de Deus para servir com palavras proféticas do Seu coração, fruto da intimidade com Ele e não da habilidade de articular belas frases.
“A Arte a serviço da Adoração é o compromisso de conhecer bem a quem sirvo, para servir bem a Ele e a quem deseja adorá-Lo.” Celebremos ao Senhor!

Pr. Joésio Gomes

terça-feira, 17 de novembro de 2009

REPENSANDO CELEBRAÇÃO_PARTE II


No texto anterior (Repensando celebração_Parte I) consideramos relevante a iniciativa da Convenção Batista Brasileira-CBB, quando enfatiza no mês de novembro a música como uma ferramenta sublime para celebrarmos a Cristo. Porém, no mesmo texto refletimos a respeito da utilização de outras formas de arte e não apenas da música nessa celebração, trouxemos então a possibilidade de oferecer um culto criativo e participativo onde os artistas cristãos, podem oferecer seus talentos como oferta agradável ao Pai; refletimos sobre “A arte a serviço da adoração”.
Nesse segundo momento, buscaremos estimular cada leitor a perceber e inspirar-se com a mesma MOTIVAÇÃO que tomou o coração dos artistas adoradores, mencionados no texto bíblico de Êxodo. Nesse sentido, convido você a nos acompanhar nessa jornada observando que:
1 – A Obediência à Palavra de Deus era uma característica do artista convocado ao serviço. Não há menção no texto estudado, de atitudes que demonstrem desobediência, insatisfação ou rebeldia. Os artistas não relutavam um minuto sequer em atender o chamado do Deus Eterno. (Ex 25:8);
2 – A Vocação do artista era clara primeiramente para ele próprio, pois sabendo quem o convocava e capacitava, não exigia para si os méritos de uma bela arte, ao contrário, descobria-se como “MEIO” e não como “FIM” no processo de louvor e adoração ao Senhor. (Ex 31:1-6);
3 – Uma Atitude voluntária era vista por Deus como essencial na ministração do serviço. Deus chama e capacita artistas para servirem na adoração a Ele, mas é criterioso no que se refere à espontaneidade desse serviço. Deus repudia o queixume, a negligência e a falta de paixão no ato do serviço. (Ex 36:2);
4 – A Excelência permeia todo o ato de adoração ao Senhor. A excelência era percebida desde preparação do material a ser utilizado até a execução e finalização da missão (construção do tabernáculo). É assim que nos preparamos e oferecemos nossos cultos? (Ex 39:42,43);
5 – Havia no coração e na mente do artista convocado, o desejo inato de exercer uma Liderança saudável, onde a necessidade de identificar e capacitar outros líderes para perpetuarem a visão era sentida e atendida. Fica claro nos textos sugeridos, que Deus levantou líderes que na dependência Dele, geraram novos líderes à imagem Dele. (Ex 35:30,31,34)
Queridos, nosso objetivo como adoradores é desenvolver características como as descritas no livro do Êxodo, pois essas evidências não só confirmarão que nossas motivações para servir são coerentes com a vontade de Deus, mas que andamos de forma íntima com Ele, o suficiente para perceber se nosso sacrifício de louvor ultrapassa os telhados de nossas casas e templos, e chega ao trono da Sua graça como aroma agradável a Ele. Amém!
Pr. Joésio Gomes

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A DANÇA NA CELEBRAÇÃO CRISTÃ



1. O ATO DE FESTEJAR ERA DE ORIENTAÇÃO DIVINA:
Podemos observar que o povo Hebreu era extremamente festivo, tanto, que na bíblia encontramos todos o grandes eventos ou ajuntamentos do povo, referenciados como “festa”:
1.1. Festa da Páscoa - Lv. 23: 4,5;
1.2. Festa da Colheita - Lv. 23: 9,10;
1.3. Festa das Barracas ou cabanas - Lv. 23: 33,34;
1.4. Festa do Pai Amoroso - Lc. 15:25.

Nessas festas, era comum o ajuntamento para agradecer ao Senhor e oferecer-lhe sacrifícios pelas bênçãos recebidas naquele período, e isso se fazia através de ritos litúrgicos e posteriormente, cantos, danças e comida farta de acordo com cada motivo de celebração.

2. A DANÇA ERA MOTIVADA PELOS FEITOS DO SENHOR
2.1. A profetisa Miriã após a travessia do Mar Vermelho (Ex. 15:20);
2.2. A alegria das mulheres de Israel depois da vitória sobre os Filisteus, mais especialmente a morte de
Golias (I Sm 18:6,7);
2.3. O Rei Davi no caminho que trouxe de volta a Arca da Aliança para Jerusalém (1Cr.15:25-29).

Notamos em cada um desses momentos, que o povo usa a dança para festejar a alegria de ver Deus atuar de forma maravilhosa no seu meio, e esse povo não se contendo nessa alegria, explode em celebração, usando o próprio corpo, tentando assim, deixar ainda mais evidente e pública sua alegria no Senhor.

3. A DANÇA É COLOCADA COMO ALGO AGRADÁVEL A DEUS
3.1. No salmo 149:3 - vemos o salmista cantar ao Senhor um hino de louvor, incitando o povo a também o fazer;
3.2. No salmo 150:4 sendo liderados pelo Salmista e encorajados a louvarem e celebrarem ao Senhor de todas as maneiras possíveis, não descartando nenhuma forma, recurso ou local para isso. Quer no santuário, nas casas, nas ruas, não importa, “Louvem ao Senhor”. O mesmo Salmista conclama todos os músicos para utilizarem todo tipo de instrumentos sem discriminação. Enfim, todos os homens louvem ao Senhor, com a voz, mente, corpo e coração pois isso é agradável ao Senhor.
Pensando assim, entendemos que Deus em nenhum momento da revelação de Seu desejo ao homem, determinou formas de adoração e louvor, muito menos limitou as possibilidades de ser exaltado com qualquer tipo de instrumentos, lugar ou pessoas, vemos sim, nosso Deus impondo condições para aceitar esse louvor, essa música, essa dança, essa arte, essa pessoa.
A motivação que devemos buscar para celebrar com música, canto, dança, finalmente com arte ao Senhor, deve ser baseada no reconhecimento de Seus atributos e feitos. Deus é amor, misericórdia, justiça e fidelidade, assim como é, libertação, salvação e cura (Sl 119:142 / SL 7:10; 68:6; Lc 9:11).
O Senhor é detentor de todo poder e autoridade para provocar ou reverter toda e qualquer situação e por isso devemos individualmente e na coletividade agradecer-lhe de todo coração, com louvores, músicas e danças.
A dança tem um lugar relevante na vida da comunidade cristã e da Igreja Local, quer no ajuntamento e celebração do povo de Deus, quer na propagação do evangelho do Senhor Jesus. Ela tem sido um instrumento de louvor e uma estratégia para alcançar vidas, com criatividade, ousadia e talento, virtudes que o nosso Deus outorgou a alguns do Seu povo, para que conscientes de sua responsabilidade, sejam testemunho vivo diante deste mundo, da grandeza, poder e criatividade Dele!
“O SENHOR espera, que a criação de cada passo, cada coreografia, cada movimento executado pelo que ministra através da dança seja fundamentado e fruto de uma experiência íntima e verdadeira com Ele. Essa é a adoração e o louvor que Ele aceita. Se assim não acontecer, não deixará de ser uma bela arte, mas um equivocado louvor.”
O nosso Deus é o Único criador de todas as coisas e espera de toda Sua criação uma só atitude, que louvem o Seu santo nome. Que seja a nossa dança para o Seu louvor. Amém!
Pr. Joésio Gomes

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

REPENSANDO CELEBRAÇÃO




Nós, batistas brasileiros, elegemos em nossas agendas eclesiásticas o mês de novembro como “Mês da Música”. Nesse período nota-se na maioria das igrejas locais uma ênfase relevante a esse importante e belo recurso na condução da Adoração e louvor ao Senhor Jesus.
Agradeço a Deus e O louvo pela percepção e atitude de Seu povo, quando destina um tempo tão precioso para lembrar da singularidade e formosura dessa linguagem universal na celebração em toda história. Ainda assim, trago no coração um sonho, uma expectativa, um desejo que surge não de modo particular, mas interligado a outros corações que também amam a Deus em toda a terra.
Questiono sobre a necessidade de refletirmos sobre “adoração” em uma amplitude maior do que hoje o fazemos. De avaliarmos nossas formas de manifestação dessa adoração, sobre a espontaneidade ou engessamento desse ato. Questiono o motivo da dificuldade de ser criativo na utilização de todos os dons e talentos do povo de Deus na prática de sua devoção. Penso em um tempo em que a Igreja de Cristo exercite esse “culto criativo e participativo” e use sim, a música, mas não apenas isso, na verdade busco alcançar uma meta e convido você a estabelecê-la também como sua, desafio você a usar a “ARTE A SERVIÇO DA ADORAÇÃO”.
Quando Deus convoca os especialistas ou “Artistas”, para executarem o projeto do tabernáculo (Ex. 35 e 36), Ele não se deteve a classe de músicos para compor a equipe de trabalho, Ele chamou os mais capazes ou os artistas mais habilidosos em suas atividades para servirem com excelência desde o planejamento até a execução do projeto.
Tanto na preparação do Tabernáculo como na construção do Templo em Jerusalém em honra ao nome do Senhor Deus (I Cr 22:15,16; 25:6-8; II Cr 2:7, 13,14), observa-se uma gama enorme de artistas sendo convocados para dedicarem suas habilidades, seus serviços, sua arte na adoração ao Pai. Quantos artistas em nossas igrejas, anseiam por uma oportunidade de ministrar ao Senhor nos cultos dominicais e não o fazem? Por que nossos artistas não são desafiados a dedicarem essas habilidades ao Deus Eterno na grande celebração? Não creio em conceitos especialmente concebidos para impedirem tal celebração, mas penso que a pouca informação, o conhecimento bíblico limitado e uma cultura religiosa ocidental, apática e muitas vezes carente de sensibilidade artística, sejam alguns dos obstáculos seculares que dificultam o percurso do cheiro agradável da arte oferecida no altar até o trono de Seu Criador.
Se você é um artista da música, dança, artes plásticas, cênicas, vídeo, som, literatura, decoração entre outras, e reconhece que sua habilidade é uma dádiva divina, ofereça-a diariamente como oferta de sacrifício ao Senhor; celebre a vida adorando o autor dela com criatividade; promova a edificação de sua comunidade utilizando sua arte de forma participativa, aperfeiçoe seu talento, torne sua arte mais uma bela possibilidade de adorar o Nome que é sobre todo nome, o Nome de “JESUS”, pois para esta finalidade Ele nos dotou.
“No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus.
Ele estava com Deus no princípio. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele;
sem Ele, nada do que existe teria sido feito.” (Jo 1:1-3)

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

EM ESPÍRITO E EM VERDADE


“Mas virá o tempo, e, de fato, já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai
em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” (João 4:23,24)

Em “espírito” e em “verdade”. Essas palavras ressoam constantemente nos locais de nossos cultos comunitários, composições, eventos chamados gospel e todo tipo de mídia. No entanto, cabe a criteriosa análise de um discípulo de Cristo na aplicação de tais palavras em cada um desses contextos.
Para os samaritanos havia um grande dilema no que se referia ao local da adoração. No texto citado, Jesus deixou claro que não importava o lugar em que se adorasse o Deus Eterno (no templo, no campo, em casa, na prisão, etc) importava sim, como ela era entendida, como essa adoração era gerada e qual a sua natureza. Em nosso contexto podemos perguntar: Será fruto do mais íntimo do ser? Será resultado do vasculhar sincero do recipiente mais oculto e enganoso que temos (coração)?
Queridos, a adoração só pode ser expressa com o espírito, porque a natureza de Deus é essa. Deus é Espírito. No entanto, uma segunda palavra se destaca no texto: “Verdade”. João em seu evangelho nos revela o meio necessário para que essa expressão de adoração chegue ao trono do Pai, a “Verdade”. “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.”(João 14:6) Nossa adoração, nosso culto deve ter em Jesus o seu centro. Ele garante ser o único mediador e digno de conduzir nosso louvor e gratidão ao Pai. Caminhar como discípulo de Jesus Cristo, implica em muito mais do que falar a verdade, afinal, não seria tão difícil esse conceito moral ser desenvolvido por pessoas que não optaram por serem discípulos de Jesus. Viver em verdade, consiste em permanecer ligado aos conceitos e valores pregados por Jesus, vividos por Ele, como indispensáveis ao adorador.

“Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim.”(João 17:23)
Estar em Jesus, permitir que Ele seja o centro de nossa vida, a motivação para prestarmos culto, a convicção que podemos ter uma vida que prioriza e decide pelo que O Espírito Santo propõe, é a proposta. Adorar em “Espírito” e “Verdade” é o desafio e a resposta.
Pr Joésio Gomes

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE ! OH GLÓRIA !

Impressionante como vez por outra, estamos irrompendo com frases como esta. Frases que refletem um estado de alegria transbordante, uma ousadia que contagia uma convicção plena de que Jeová nos dará a vitória. Uaal! Será mesmo?
Será mesmo frase de louvor? Ou condicionada? Assim como uma música, que de tanto ouvir, acabo por aprender e repetir até sem querer! Será mesmo reflexo de alegria transbordante no Senhor? Afinal, se o é, isso poderá ser percebido, quando acordar na segunda-feira para ir ao trabalho... Durante o expediente... No retorno pra casa... Etc.
Será que é realmente ousadia? Se for, é daquelas que assume publicamente que é de Jesus, que defende princípios, conceitos e valores que Ele ensinou e defendeu com a própria vida? Ou é daquele tipo de ousadia que os próprios discípulos demonstraram quando perceberam que Jesus havia morrido mesmo, e o sonho de um mundo novo parecia ter terminado? (MT 28:16, 17- LC 24:9-11-LC 24:20-25-Jo 20:19
Será mesmo que cremos que Jesus nos dará a vitória? Ou essa certeza é daquelas que na primeira dificuldade nas finanças, na experiência com a surpresa do desemprego ou, ainda, na dura realidade de uma enfermidade, só produz em nossos lábios, palavras que contradizem aquela frase título?
Queridos, devemos crer na alegria que Jesus promove no coração dos que O querem e se dispõem a servi-lo. Na ousadia sadia de um discípulo Dele, também na vitória que Ele já conquistou na cruz e concede para cada um dos Seus. Mas, cabe-nos também, perceber a fé infantil que muitos de nós temos experimentado (1Co 3:2 / Hb 5:12). Será que a frase de louvor que manifestamos tem a motivação certa? De ainda que não estejamos vendo o alimento à mesa (Hb 3:17-19) preferimos continuar confiando, exultando e alegrando-nos no Senhor? Ou a declaramos para tornar nossa espiritualidade uma característica digna ser notada (Lc 18:11) e copiada? Será que temos o entendimento para perceber Deus agindo em nossa vida e na vida dos nossos (família, igreja, amigos) aproveitando todos os momentos difíceis (2Co 12:8,9) para torná-los experiências de humildade, intimidade e dependência exclusiva da Graça Dele?
Somos testemunhas da ousadia e alegria que é característica de pessoas que foram alcançadas pela graça imensurável de Deus em Jesus, e que são impulsionadas a proclamar esse maravilhoso amor diariamente com frases de louvor, quer nas reuniões comunitárias, em seus momentos devocionais ou de joelhos no assoalho molhado pelas lágrimas de um coração entristecido (2Co 4:7-9). Mas, é perceptível também, a dificuldade de alguns de nós para entender o significado e o sentido das palavras “MOTIVAÇÃO” e “ENTENDIMENTO” na vida cristã. Que Deus nos dê, a cada dia, sabedoria para louvá-lo e engrandecê-lo de uma forma sincera, espontânea e consciente, demonstrando uma fé madura e uma adoração agradável a Ele. Amém! (Ef 1:17, 18).

Pr. Joésio Gomes

DESERTO, POR QUE COMIGO?

No Sul da Palestina, existe uma grande área desértica chamada de Deserto do Neguebe, provavelmente o local por vezes mencionado por salmistas e profetas de Javé quando se fala de sede, deserto, cansaço ou vales secos (Sl 143:6; Sl 104:10; Is 35:6 e 7) é a expressão mais forte e próxima que o povo de Deus no contexto Judaico, encontrou para referir-se às necessidades, aos anseios e acima de tudo, cuidado e suprimento do Deus eterno para o seu povo.
Os anos se passaram, as dificuldades se manifestam de formas diferentes, os anseios do povo de Deus nesta geração não consistem tanto em perseguições explícitas pelos governantes do nosso país, muito menos pelo cerceamento da liberdade religiosa, afinal de contas, o que avistamos é um pluralismo religioso cada vez mais difundido por manifestos populares e mídias de toda espécie, que de forma sutil vem moldando esta geração e a vindoura com a relativização de conceitos e valores há muito estabelecidos pela Bíblia, para o bem comum do povo.
Contudo, eu e você ainda hoje experimentamos desertos e momentos áridos em nossa caminhada sobre a terra, e precisamos aprender com a história relatada na Bíblia, que o nosso Deus supre nossas necessidades e nos capacita para ultrapassar barreiras que parecem intransponíveis aos olhos humanos. Assim como Ele no tempo certo, fazia correr torrentes de águas dentre os montes, inundando o deserto e mudando a realidade do povo ao redor (Sl 104:10-14), Ele faz ainda hoje na vida dos que O amam e adoram, tornando saudável o coração contrito e vigorosa e frutífera a caminhada de seus filhos.
Que Deus nos faça perceber a importância do deserto em nossas vidas, e nos dê o suporte para atravessá-lo, utilizando os momentos em que Ele derrama sobre nós a água viva, pelo Seu Espírito que restaura e renova o homem. Amém! (Tg. 1:2-4)

Pr. Joésio Gomes

PARECIDOS DEMAIS


Tenho a oportunidade de conviver com uma comunidade que busca desenvolver relacionamentos saudáveis, comprometidos e sinceros. Tenho também oportunidade de observar e mesmo experimentar momentos de dificuldades, perplexidades e frustrações neste processo de construção relacional (II Co 4:7-9).
Compreendo que tais circunstâncias são até necessárias para que cresçamos nas características do Fruto do Espírito. (Gl 5:22 e 23)
Pensando assim, o que me entristece em alguns momentos é que me vejo confrontado e encontrado em falha pela Palavra que tanto amo. Quando isso acontece? Quando espero que me peçam perdão ao falharem comigo; Quando acredito que as pessoas com as quais compartilho minha vida nunca me decepcionem; Quando alimento a convicção de que não esquecerão de me telefonar no dia de meu aniversário, quando adoecer ou de orarem por mim num momento de tribulação.
Queridos, o confronto vem, quando percebo que eu mesmo não consigo alcançar plenamente esse padrão excelente de relacionamento, porque por vezes não peço perdão a quem feri de forma consciente ou não; noutras se quer agradeço o esforço dos que ajudaram no serviço, e por uma coisa ou outra me esqueço de telefonar ou orar por alguém que amo muito. Afinal de contas irmãos, somos muitos parecidos uns com os outros.

“Irmãos, se alguém for surpreendido em algum pecado, vocês, que são espirituais, deverão restaurá-lo com mansidão. Cuide-se, porém, cada um para que também não seja tentado”. (Gl 6:1)

Jesus é nosso padrão de excelência; “inclusive nos relacionamentos”, e sabendo Ele de nossas deficiências e limitações, lançou mão de homens parecidos conosco, mas que se colocaram sem reservas na condição de Seus discípulos, mostrando assim que também podemos alcançar padrões mais altos nas nossas relações. Amém!

“Não se tornem motivo de tropeço, nem para judeus, nem para gregos, nem para a igreja de Deus.
Também eu procuro agradar a todos, de todas as formas. Porque não estou procurando o meu próprio bem, mas o bem de muitos, para que sejam salvos.” (1Co 10:32,33)

Pr. Joésio Gomes

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

“UMA COMUNIDADE QUE ORA”



Quando lemos o texto que descreve a prática da vida cristã no contexto vivencial do livro de Atos dos apóstolos (2:42-47), somos quase que arrebatados em nossos pensamentos, e inseridos no dia-a-dia da comunidade mais estudada, amada e criticada pelos cristãos em todos os tempos.
Na sede de desfrutar da manifestação do amor de Deus através de relacionamentos comprometidos e saudáveis como aqueles, observamos inicialmente quatro atitudes essenciais naquele povo: Ensino, comunhão, partir do pão e oração. (V.42) Observamos também a profunda relação entre cada uma delas, porém, quero enfatizar uma dessas atitudes, “ORAÇÃO”.
Foi através da oração que os membros da igreja primitiva demonstraram completa dependência de Deus, pois essa era condição para se tornarem sensíveis as necessidades uns dos outros. (V. 45); Através da oração individual e comunitária, eram tocados pelo Espírito Santo e se enchiam de temor. (V. 43a); Pela oração, tornavam-se uma comunidade com um só propósito, uma convicção: Cristo, o filho do Deus vivo, morreu e ressuscitou, Ele voltará em breve para buscar os Seus, pois os sinais dessa verdade eram evidentes. (V. 43b); Nada superava o valor de estar juntos, e a oração certamente era parte essencial nesse tempo. (V. 44, 46); A oração de louvor a Deus sempre foi parte integrante do culto de Israel, e certamente era esse o cerne das celebrações da igreja primitiva. O coração de Deus era tocado de forma sincera pelos “ADORADORES”. O propósito de Deus para Sua criação “o Ser Humano” era alcançado. A resposta de Deus era imediata e perceptível a todos, judeus e gentios: “E o SENHOR lhes acrescentava diariamente os que iam sendo salvos.”(V. 47)
Será suficiente para nós, o exemplo da igreja primitiva como uma comunidade que experimentou de forma impactante o poder da oração? Você pode não apenas ver isso acontecer em nossos dias, mas, fazer parte dessa comunidade que ora. Sonhe conosco e ajude a construir uma comunidade terapêutica e acolhedora onde Deus se manifesta através de relacionamentos comprometidos e saudáveis. “ORAÇÃO É RELACIONAMENTO” Amém!

Pr. Joésio Gomes

O QUE ESTOU OUVINDO?


Em um tempo chamado por nós da PIB-Recife como mês de celebração, onde a reflexão sincera e profunda sobre nossa adoração ao Deus Eterno é confrontada, fica clara a intenção na utilização de alguns temas nas semanas anteriores, a saber: “Adoro em espírito e em verdade?” ou ainda, “Sou eu, verdadeiramente um templo do Espírito Santo de Deus?”.
Tomando como justificativa esse tempo de reflexão, quero terminar essa série com um texto que muito toca o meu coração quando penso se tenho realmente caminhado na trilha de um adorador do Senhor.
“Então os fariseus saíram e começaram a planejar um meio de enredá-lo em suas próprias palavras. Enviaram-lhe seus discípulos junto com os herodianos, que lhe disseram: “Mestre, sabemos que és íntegro e que ensinas o caminho de Deus conforme a verdade. Tu não te deixas influenciar por ninguém, porque não te prendes à aparência dos homens. Dize-nos, pois: Qual é a tua opinião? É certo pagar imposto a César ou não?”(Mt 22:16)
As palavras acima destacadas, foram proferidas por pessoas esteticamente reconhecidas como dignas de serem ouvidas, certamente poderiam fazer uma massagem providencial na auto-imagem de qualquer um, fazendo experimentar uma falsa sensação de “MISSÃO CUMPRIDA” e bem cumprida. Porém, Jesus que não ouve como qualquer um, mas com sabedoria divina deixou claro que um adorador do Senhor, precisa desenvolver a cada dia a habilidade de perceber e discernir entre a “VOZ DE APROVAÇÃO DO PAI” e a “VOZ DISSIMULADA DO ADVERSÁRIO”. (Jo 10:27)
Chama-me a atenção o fato de Jesus perceber por trás das palavras elogiosas, a intenção dos que o questionavam. “És mestre, íntegro, não te impressionas com aparências, etc.” Você pode imaginar-se naquela situação? Palavras como aquelas podem ser ouvidas ainda hoje em nossa mente com a mesma sutileza destrutiva que outrora, gerando em nós convicções enganosas como: “Ensino aos meus o caminho em que devem andar!” Porém, a palavra de Deus nos orienta a ensinar “NO” caminho e não “O” caminho (Pv 22:6) o que implica em estar com os seus, mostrando “COMO” fazer e não apenas dizendo-lhes o que fazer. “Sou íntegro nos meus negócios!” podem alguns afirmar, mas se não sou fiel na minha vida devocional, ou em momentos em que estou longe da vista de outros, essa integridade é falha. “Sou um supridor de minha casa, não deixo faltar nada!” No entanto, se não sou sacerdote que mostra com a própria vida, o quanto amo a Deus reconhecendo que Ele é que primeiro me sustenta em tudo, não entendi nada da graça de Deus derramada sobre os homens. “Onde chego prego a mensagem do evangelho!” dizem alguns “humildemente”. Na verdade, bom seria que até sem precisar falar, todos percebessem Jesus em nós.
Queridos, que vozes estamos ouvindo? Aquela que diz que já estamos fazendo o suficiente, que tenho cumprido minha missão de forma espetacular, ou a que nos diz: “FILHO VOCÊ É MEU FILHO AMADO E TENHO GRANDE PRAZER EM VOCÊ” (2 Pe 1:17) mas, ainda assim é necessário um sacrifício vivo por amor ao Meu nome? A missão a nós conferida, só terá sido cumprida a contento, quando dermos nosso último suspiro sobre esta terra e tornarmos o fôlego em um novo corpo e em uma nova cidade com Jesus. “Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês vai completá-la até o dia de Cristo Jesus.” (Fl. 1:6)
Adoremos ao Senhor com toda a nossa força, todo nosso entendimento e toda a nossa alma. Que Deus nos abençoe, amém!
Pr. Joésio Gomes

terça-feira, 4 de agosto de 2009

“PARADA OBRIGATÓRIA”


Certo dia, voltava para casa em horário avançado da noite quando percebi que precisava abastecer o carro rapidamente, pois corria um sério risco de não conseguir chegar ao destino desejado, minha residência. Em meio a essa situação, avistei um posto de combustível próximo de onde trafegava e aproximei-me da entrada, porém ao visualizar o preço do produto e fazer uma rapidíssima avaliação decidi tentar outro posto mais adiante que me oferecesse um menor custo. O problema é que a busca por outro posto, tornou-se uma experiência angustiante pra mim, pois a rápida avaliação que fiz sobre o preço não considerava a possibilidade de que encontrar outro posto de abastecimento naquele horário seria uma tarefa consideravelmente difícil.
Esse fato me fez pensar... Quantas vezes temos a oportunidade de abastecer nosso tanque de amor pela nossa esposa, filhos, familiares e não fazemos? Quantas vezes Deus promove a oportunidade de tomar uma atitude definitiva e transformadora sobre nossa forma de nos relacionar como pessoas que conhecem a Cristo, e ainda assim não aproveitamos achando que ainda dá pra caminhar um pouco mais, mesmo com o tanque quase vazio? Por que às vezes fazemos avaliações superficiais, mesquinhas e egoístas sobre valores eternos achando que temos o controle do tempo em nossas mãos? Por que preferimos buscar outra saída mais confortável aos nossos olhos ao invés de pagar o preço e deixar Deus encher o nosso tanque com o combustível mais puro e confiável que se pode achar?
O profeta Amós, ouviu de Deus e proclamou ao povo de Israel, que chegara o tempo em que o Senhor “Kyrios”, determinou para o arrependimento e mudança de vida de Seu povo e isso seria percebido de forma clara e sofrível. “’Estão chegando os dias’, declara o Senhor, O Soberano, ‘em que enviarei fome a toda esta terra; não fome de comida nem sede de água, mas fome e sede de ouvir as palavras do Senhor’”. (Amós 8:11)
Que tal não deixar passar mais uma oportunidade de experimentar relacionamentos verdadeiramente saudáveis? Que tal ter coragem para parar no único posto abastecedor de graça e amor, encher o tanque e dirigir em direção a restauração dos nossos relacionamentos? Que tal começar pela nossa família? Abasteça urgente no “POSTO EL-SHADAI. Amém!

Pr. Joésio Gomes
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