segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O QUE ESTOU OUVINDO?


Em um tempo chamado por nós da PIB-Recife como mês de celebração, onde a reflexão sincera e profunda sobre nossa adoração ao Deus Eterno é confrontada, fica clara a intenção na utilização de alguns temas nas semanas anteriores, a saber: “Adoro em espírito e em verdade?” ou ainda, “Sou eu, verdadeiramente um templo do Espírito Santo de Deus?”.
Tomando como justificativa esse tempo de reflexão, quero terminar essa série com um texto que muito toca o meu coração quando penso se tenho realmente caminhado na trilha de um adorador do Senhor.
“Então os fariseus saíram e começaram a planejar um meio de enredá-lo em suas próprias palavras. Enviaram-lhe seus discípulos junto com os herodianos, que lhe disseram: “Mestre, sabemos que és íntegro e que ensinas o caminho de Deus conforme a verdade. Tu não te deixas influenciar por ninguém, porque não te prendes à aparência dos homens. Dize-nos, pois: Qual é a tua opinião? É certo pagar imposto a César ou não?”(Mt 22:16)
As palavras acima destacadas, foram proferidas por pessoas esteticamente reconhecidas como dignas de serem ouvidas, certamente poderiam fazer uma massagem providencial na auto-imagem de qualquer um, fazendo experimentar uma falsa sensação de “MISSÃO CUMPRIDA” e bem cumprida. Porém, Jesus que não ouve como qualquer um, mas com sabedoria divina deixou claro que um adorador do Senhor, precisa desenvolver a cada dia a habilidade de perceber e discernir entre a “VOZ DE APROVAÇÃO DO PAI” e a “VOZ DISSIMULADA DO ADVERSÁRIO”. (Jo 10:27)
Chama-me a atenção o fato de Jesus perceber por trás das palavras elogiosas, a intenção dos que o questionavam. “És mestre, íntegro, não te impressionas com aparências, etc.” Você pode imaginar-se naquela situação? Palavras como aquelas podem ser ouvidas ainda hoje em nossa mente com a mesma sutileza destrutiva que outrora, gerando em nós convicções enganosas como: “Ensino aos meus o caminho em que devem andar!” Porém, a palavra de Deus nos orienta a ensinar “NO” caminho e não “O” caminho (Pv 22:6) o que implica em estar com os seus, mostrando “COMO” fazer e não apenas dizendo-lhes o que fazer. “Sou íntegro nos meus negócios!” podem alguns afirmar, mas se não sou fiel na minha vida devocional, ou em momentos em que estou longe da vista de outros, essa integridade é falha. “Sou um supridor de minha casa, não deixo faltar nada!” No entanto, se não sou sacerdote que mostra com a própria vida, o quanto amo a Deus reconhecendo que Ele é que primeiro me sustenta em tudo, não entendi nada da graça de Deus derramada sobre os homens. “Onde chego prego a mensagem do evangelho!” dizem alguns “humildemente”. Na verdade, bom seria que até sem precisar falar, todos percebessem Jesus em nós.
Queridos, que vozes estamos ouvindo? Aquela que diz que já estamos fazendo o suficiente, que tenho cumprido minha missão de forma espetacular, ou a que nos diz: “FILHO VOCÊ É MEU FILHO AMADO E TENHO GRANDE PRAZER EM VOCÊ” (2 Pe 1:17) mas, ainda assim é necessário um sacrifício vivo por amor ao Meu nome? A missão a nós conferida, só terá sido cumprida a contento, quando dermos nosso último suspiro sobre esta terra e tornarmos o fôlego em um novo corpo e em uma nova cidade com Jesus. “Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês vai completá-la até o dia de Cristo Jesus.” (Fl. 1:6)
Adoremos ao Senhor com toda a nossa força, todo nosso entendimento e toda a nossa alma. Que Deus nos abençoe, amém!
Pr. Joésio Gomes

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