quinta-feira, 17 de junho de 2010

O PROBLEMA DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA E O PAPEL DA IGREJA

Há algum tempo na mídia televisiva em horário nobre, era veiculada uma matéria que chocou mais uma vez a sociedade brasileira.
“Não tenho como segurar esse menino em casa se não for assim, colocando essas correntes nele...” foram mais ou menos as palavras proferidas por uma senhora de meia idade, de classe baixa, moradora da periferia de uma de nossas grandes cidades. Vale salientar que tal comentário ela fazia referindo-se a seu filho, um jovem saído da adolescência e que conhecera o crack (Narcótico produzido a partir da pasta-base da cocaína, bicarbonato de sódio e outras substâncias) tornando-se dependente dele.
O contexto vivencial daquela senhora, infelizmente é o mesmo de milhares e milhares de brasileiros e por que não dizer de famílias inteiras ao redor do mundo. Digo famílias inteiras porque quando um membro da célula mater da sociedade é atingido pela dependência química, não importando a categoria dessa droga, ou seja: Lícita ou ilícita, toda a família é envolvida e sofre as conseqüências destrutivas desse mal.
Quando falamos sobre o crack, a maconha, o êxtase, a cocaína, o álcool ou quaisquer tipos de psicotrópicos, precisamos entender que lidamos com uma crise sem precedentes e de conseqüências desastrosas para todas as nações do planeta. Não podemos tratar esse tema como casos isolados, ou cair no grande erro de setorizar o problema determinando sua causa como uma questão de educação, má distribuição de renda ou falta de planejamento estratégico de alguns governos para a prevenção e correção desse mal. Torna-se essencial a percepção de que a dependência química é um tema mundial e atinge todo aquele que a desafia, fazendo uso ainda que por curiosidade de qualquer uma de suas formas dantes descritas.
Em meio a essa macro-visão do problema da dependência química, esta inserida como uma luz no fim do túnel a igreja.
Como um vibrante defensor e proclamador do Evangelho de Cristo, enxergo naquela que proferimos ser nossa regra de fé e prática, a saber: a Bíblia, a única esperança para a transformação de uma sociedade que perde a cada dia seus filhos, pais e mães para as drogas. Essa convicção esta baseada no texto do evangelho de João que nos diz: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. (Jo 8:36).
Creio que é fator indispensável ao homem que luta contra a dependência química, reconhecer que precisa de ajuda nessa batalha e que Deus em sua infinita misericórdia, não só dará o suporte espiritual a tal homem que lhe suplica como também, levantará outros que se colocarão a serviço da restauração física, mental, emocional e social deste.
A igreja de Cristo sobre a terra já trava esta batalha há muito tempo, algumas de forma discreta e perseverante, outras com maior evidência na sociedade, mas ambas caminham com o propósito de ser soldado ativo e incansável nessa batalha.
Ainda que saibamos da promessa de Jesus em sua palavra, precisamos entender que Ele sempre utilizou recursos sobrenaturais e naturais e continua a fazê-lo ainda hoje, para manifestar o seu cuidado por sua criação. Em II Reis capítulo vinte, Deus cura o Rei Ezequias de uma úlcera mortal, mas faz isso através de seu servo o profeta Isaías e ainda utilizou uma pasta de figos para tratá-lo. No Evangelho de Mateus no capítulo catorze do verso catorze ao vinte e três, Jesus realizou um dos milagres mais surpreendentes relatados no Novo Testamento, Ele alimenta mais de cinco mil homens além de mulheres e crianças de forma sobrenatural, no entanto, fez Ele questão de lançar mão dos recursos naturais que estavam à mão de seus discípulos (cinco pães e dois peixes).
Considerando tais observações, entendo que a igreja tem um papel fundamental na libertação do homem da dependência química, e isso se deve ao fato de que ela é o canal para fazer conhecer ao homem o poder do evangelho libertador e resgatador de Jesus, que é a parte sobrenatural do processo terapêutico. Aliado a isso, e nunca sobreposto ou independente disso, esta a ação acolhedora, disciplinadora e social que acompanha o ato de cuidado.
Para que as atividades acima descritas possam desenvolver-se de forma eficaz, a igreja pode e deve capacitar-se com recursos inerentes aqueles que anseiam servir com qualidade nessa área (cursos, profissionais qualificados, voluntários etc.). Deve também, buscar parcerias que viabilizem cada uma delas (Governo, prefeituras, secretarias de saúde) trazendo à sociedade como um todo a assumir a responsabilidade de estender a mão e ajudar a retirar seus pares das garras desse monstro devorador de vidas.
Creio na igreja de Jesus como peça fundamental no projeto de resgate das vidas hoje laçadas pelas drogas. Creio em uma sociedade e um estado que precisa ser sacudido e mobilizado para fazer parte desse projeto. Precisamos dizer não às drogas, mas precisamos acima de tudo dizer sim a Jesus!
Joésio Gomes de Oliveira

Um comentário:

  1. Como Igreja do Senhor Jesus Cristo, nós da Igreja Presbiteriana Avivada, temos uma clinica especializada, dentro do modelo comunidade terapeutica que da assistencia, psiquiátrica, psicológica, social, espiritual,odontologica, entre outras necessidades para os dependentes quimicos. Mais informacoes pelo site www.revide.no.comunidades.net ou com o Pr Marcio 043 99248707

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